O tempo todo é nada
Vejo momentos virar fábulas
De analogias baratas, sobre qualquer coisa
O tempo é constante, nunca vai parar
As vezes parece de vagar
Mas pra quem tem pressa, ele voa
Logo perco a memória
Por isso eu tento aproveitar
Logo, perco os cabelos
E a voz não tarda a falhar
Logo perco a memória
Por isso eu tento aproveitar
Logo, perco os cabelos
E a voz não tarda a falhar
Não quero ver ninguém passar
Mas o tempo urge a urgência
Eu tenho que me acostumar
Que o pra sempre sempre acaba
O tempo as vezes é cruel
Um paulistano apressado
Que se atrasa pro trabalho
E esquece de viver
Logo perco a memória
Por isso eu tento aproveitar
Logo, perco os cabelos
E a voz não tarda a falhar
Logo perco a memória
Por isso eu tento aproveitar
Logo, perco os cabelos
E a voz não tarda a falhar
Senhor tempo
Pode me explicar
Como rebobina a fita?
Senhor tempo
Consegue me dizer
Como não envelhecer?
Senhor tempo
Me deixe ser um menino outra vez
Me deixe ser um menino outra vez
Logo perco a memória
Por isso tento aproveitar
Logo, perco os cabelos
E a voz não tarda a falhar