Eu gosto de estradas antigas
De velhos sobrados
De breves cantigas
De tempos passados
De vida serena
Dos campos, dos prados
De vir gente morena da beira do mar
Eu gosto de chuva na serra
De pasto molhado
De cheiro de terra
De marca de gado
De ver ribeirinho encachoeirado
De ouvir passarinho no mato cantar
Eu gosto da gota de orvalho na flor do canteiro
Do canto do galo no pé do coqueiro
De cão, de cavalo, do chão do terreiro
De ouvir o vaqueiro distante a boiar
Eu gosto do som da moenda
Dos tempos de outrora
Viver na fazenda, minha Nossa Senhora
É a única prenda que eu desejo agora
Eu quero ir me embora
Me leva pra lá