Salto bem cedo pra cevar um bom amargo, E tiro um tempo com meu velho cusco amigo... Um galo canta chamando a barra do dia E a gadaria vem prosear junto comigo. Encilho o pingo que me olha atravessado, Aperto a cincha num pelego da fronteira. De lombo duro ele sai pisando forte, Buscando o norte na roseta traiçoeira. Madrugueiro, sempre fui desde quando era guri... Espero o dia já no lombo do cavalo, Trago nas veias o sangue Guarany Que se agiganta quando sento meu pealo. E quando o sol bombeia o mundo lá de riba, Mostrando a cara no minuto quase certo Eu já me encontro muito mais que estrivado, Mirando o gado no imenso campo aberto.E quando a noite vem chegando de mansinho, Me vou ao catre num silêncio de tapera. No outro dia eu madrugo novamente? E certamente a lida bruta me espera!