As alpargatas do meu pai eram sinuelo
E eu seguia sua sina empoeirada
Os passos mansos frente a um mundo de atropelo
Enchendo os dias de caminhos e pegadasAs alpargatas do meu pai eram futuro
Pra quem aos poucos aprendia a caminhar
Alma incansada pelos passos tão seguros
Sonhos de infância e um destino por trilhar" Passou o tempo foi a vida e seus pedaços
Os passos mansos hoje teimam em falhar
No rosto moço um semblante de cansaço
E algum palheiro fumaceando pelo arAinda encontro num olhar pleno de estradas
A mesma força quem me faz sonhar demais
E uma criança vem brincar na minha alma
Seguindo firme as alpargatas do seu pai. "As alpargatas do meu pai eram de corda
Mas pareciam ser tecidas de amplidão
Tantas histórias de petíços e pandorgas
Tantas lembranças que somei no coraçãoHoje percebo que bem mais que as alpargatas
Eram seus passos que eu seguia por ai
E até imagino o meu pai de pés descalços
Traçando os rumos pra os meus sonhos de guri
Compositor(es): Carlos Omar Villela Gomes Kayke Mello Sabani Felipe de Souza.
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