O sertão irá balançar
Ao me ver chegar no pingo ligeiro
E lá no espigão bem distante
Vou dar meu grito de boiadeiro
Vou reviver meu passado de outrora
O chão goiano, sertão brasileiro
Eu quero ver de novo a boiada
E tocar berrante para os pantaneiros
Esse é meu grito de boiadeiro
Vou reunir com meus companheiros
Do meu querido chão de Goiás
Quanta saudade eu trago comigo
Eu vou rever meus velhos amigos
Daquele tempo que não volta mais
Se eu vivo aqui na cidade
Não é por vaidade, não é ilusão
Foi o progresso que chegou de surpresa
Que me tirou das belezas do meu sertão
Se eu me deito na cama e não durmo
O cigarro que eu fumo é pra me acalmar
Eu me vejo tocando berrante
E a boiada contente a me acompanhar
Mas eu juro por Nossa Senhora
Que não vai ter demora, eu não vou esperar
Na primeira oportunidade
Matarei a saudade quando eu regressar
Esse é meu grito de boiadeiro
Vou reunir com meus companheiros
Do meu querido chão de Goiás
Quanta saudade eu trago comigo
Eu vou rever meus velhos amigos
Daquele tempo que não volta mais