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Violeta del Carmen Parra Sandoval foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena. Realizou seus estudos escolares até o segundo ano do secundário, abandonando-os em 1934, para trabalhar e cantar com seus irmãos em bares e circos, desenvolvendo uma importante carreira musical, como autodidata, a partir dos 9 anos. Em 1952 começou a pesquisar as raízes folclóricas chilenas e compôs os primeiros temas musicais que a fariam famosa. Em 1954, quando já tinha o seu próprio programa de rádio, começou um rigoroso estudo das manifestações artísticas populares.
Percorreu todo o país, recopilando e difundindo informações sobre o folclore. Violeta Parra pode ser considerada a mãe da canção comprometida com a luta dos oprimidos e explorados, tendo sido autora de páginas inapagáveis, como a canção "Volver a los 17", que mereceu uma antológica gravação Milton Nascimento e Mercedes Sosa. Outra de suas canções, "La Carta", cantada em momentos de enorme comoção revolucionária, nas barricadas e nas ocupações, tem entre os seus versos o que diz " Os famintos pedem pão; chumbo lhes dá a polícia". Mas suas canções não apenas são marcadas por versos demolidores contra toda a injustiça social. O lirismo dos versos de canções como "Gracias a la vida" (gravada por Elis Regina) embalou o ânimo de gerações de revolucionários latino-americanos em momentos em que a vida era questionada nos seus limites mais básicos, assim como a letra comovedora de "Rin de Angelito", quando descreve a morte de um bebê pobre: " No seu bercinho de terra um sino vai te embalar, enquanto a chuva te limpará a carinha na manhã".
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