Enquanto vivo cantarei suas modinhas Flores saudosas do passado em vibração Pois como tu e eu serei um grande namorado Das áureas farras deste tempo se lá vãoEu guardarei essa lembrança minha e tua Cobro e ainda guardo dentro d’alma a luz da lua A luz do luar daquelas noites tão sentimentais Daquelas noites que não voltarão jamaisE muito amei e cantei com fervoroso ardor Foram meus cantos és o hino, és o meu o teu louvor Nasci cantor para cantar os lindos versos teus Louvado, pois eternamente seja DeusNem sonhando como tu sanhavas com uma flor Gravando na alma os corações do eterno deus do amor Eu já nasci para cantar o flor e beijo teu Não posso profanar o dom que Deus me deuTantas mulheres em teus versos tu retratas Eu podia altivo com seus versos conquistar E canto sempre o que sei em serenata E até criei calo na boca que é expressarAo som do grilo que seu gás acompanhasse Eu fui maior de onde eu te operasse Pois muitos corações malvados Corações cruéis Eu com teus versos me plantasse a teus pésSe Deus me deu voz tão potente Tão clemente deram os reis Jamais senti, da minha voz profanarei Nasci sofri, temei, amei, correi, amei Cantei o amor e a dor Cantar é o meu fadário de cantorJá nasci para cantar o doce flor és de Deus Não posso profanar o dom que Deus me deu E nunca amei porquanto e grande e belo amei Somente o belo eternamente eu louvareiEm homenagem à saudade que se apura Em teus poemas de sonora comoção Hei de cantar o teu talento e formosura Hei de cantar o teu agrado perdãoHei de chorar tuas canções, tuas modinhas Porque clamor tu vens com amor tu não dizias E, porque a tua velha música sempre sofrendo É a poesia da poesia do Brasil
Compositor(es): Catulo da Paixão Cearense / E. O. Ferreira.