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foto de Tagore
O álbum de estreia de Tagore é também o primogênito da produtora Pilha Sonora. O que mais chama atenção no som de Tagore é o talento para a composição: são canções com melodias assobiáveis, de fácil digestão, algumas das quais parecem até ter nascido de um solfejo – o que o coloca na escola dos compositores que não perdem a mão na dosagem de simplicidade e elaboração. A composição encontrou par no amigo e músico multinstrumentista João Cavalcanti, sob cujos cuidados ficaram os arranjos e a mixagem de todas as músicas do álbum – além da composição das faixas instrumentais –, num trabalho que, vale a comparação, se assemelha, em proporções pequenas, claro, ao desenvolvido por Rogério Duprat, na Tropicália e o por George Martin, com os Beatles. As gravações foram realizadas em um estúdio montado num sítio em Aldeia, bairro serrano de Recife, ao longo de duas semanas – durante as quais os músicos receberam visitas de amigos que colaboraram na gravação de alguns instrumentos. São, ao todo, nove faixas que passeiam entre o Expresso 2222, de Gilberto Gil, Raul Seixas, Moacir Santos, The Kinks, Beatles e as guitarras fuzz do Udigrudi, cena musical pernambucana dos anos 70 que reuniu gente como Ave Sangria, Alceu Valença e Lula Côrtes – e que não nos permite esquecer que existe música pernambucana antes do manguebeat. Uma das músicas do trabalho – em gravação anterior a aqui lançada –, Crença, foi selecionada para a participar da coletânea Recife Lo-Fi, organizada por Zeca Viana (Volver) e lançada pela TramaVirtual.

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