Ao som de uma serenata
Com a Lua na imensidão
E minha alma ferida
Ouça, viola sentida
Minha triste confissão
Viola sentida que toca nas noites de Lua
Como uma alma que geme nas trevas perdida
O som de tuas cordas vibrando dentro da noite
São como frios punhais retalhando minha vida
Sinto o cansaço dos anos gelando minha alma
O tempo sempre seguindo seu ritmo forte
Por que não para, viola, se você bem sabe
Que da vida agora só espero a morte
Pare, viola sentida
Não torture meu coração
Trazendo em meu pensamento
Saudosa recordação
Farra, amores, orgias, prazeres desfeitos
Já sepultados no tempo dos anos passados
Hoje o que resta de outrora é grande saudade
Saudade fria que mora em meu peito cansado
Viola sentida que sabe meu grande segredo
Por que seguiu os meus passos na longa jornada?
Teu som hoje são espinhos que forram o leito
Da estrada que sigo ao rumo do nada