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Silvio Santos nasceu em uma família judaica no bairro carioca da Lapa, filho de Alberto Abravanel (nascido na Grécia) e de Rebecca Abravanel (nascida na Turquia).
Aos catorze anos, observando um camelô da cidade do Rio de Janeiro chamado "Seu Augusto", Silvio começou a vender capas de plástico para título de eleitor e, logo depois, canetas-tinteiro.
Seu sucesso nas vendas fora atribuido à sua capacidade de mesclar números de mágica e diversões com vendas, que ele fazia no horário de almoço do guarda em serviço na região da Avenida Rio Branco, esquina com a Rua do Ouvidor. Para tanto, Silvio Santos contava com a ajuda de seu irmão Leon, que espreitava o guarda, avisando seu irmão quando esse estava a caminho. Em uma dessas ocasiões, entretanto, o guarda apreendeu as mercadorias de Silvio, vendo seu talento no trato com as pessoas e sua ótima voz, lhe deu um cartão para uma entrevista na Rádio Continental, que possuía estúdios na cidade de Niterói.
Durante o trabalho na rádio, produtores acharam o seu nome de batismo, Senor Abravanel, um tanto complicado para o grande público. Por um tempo, Senor utilizou o nome artístico Silvio Abravanel, até chegar ao consagrado Silvio Santos.
Todos os dias, Silvio voltava da rádio na última barca da noite. Nesta viagem ele sentia falta de algo para entreter os passageiros durante a viagem; foi quando teve a idéia de montar na barca um serviço de rádio. Para tanto, pediu a colaboração de diversos comerciantes do centro da cidade do Rio de Janeiro que, em troca da doação da aparelhagem de rádio para Silvio, tinham o direito de anunciar gratuitamente nas barcas. Nesse momento começou a carreira do Silvio empreendedor; ele passou a vender os anúncios para o serviço nas barcas, fato este que despertou em Silvio a vocação de empresário.
Aos fins de semana, Sílvio reunia os amigos e todos iam em direção à Ilha de Paquetá, para passarem o domingo. Naquela época a viagem ara Paquetá era muito longa, durava quase duas horas. Dentro da barca as pessoas tinham muita sede, devido ao calor e ao grande tempo da viagem, e a água que abastecia os bebedouros da embarcação não era suficiente para suprir a demanda dos passageiros. Foi quando Silvio teve a idéia de montar um bar na barca. Além disso, juntamente com a venda de refrigerentes e cerveja, Silvio começou a organizar um bingo dentro da barca. A coisa deu tão certo, que Silvio passou a ser um dos maiores vendedores de uma grande cervejaria de São Paulo. Este fato fez com que Silvio fosse convidado à visitar a fábrica em São Paulo, assim começando sua história na capital paulista.
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