Sex Gang Children

Deathrock

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foto de Sex Gang Children
Som ácido com guitarras dissonantes, marcado por fortes linhas de baixo e bateria. Esse seria até que um estilo "tradicional" se comparássemos com tudo o que acontecia no pós-punk inglês. O Sex Gang Children é uma daquelas bandas que se diferenciaram pela irreverência em mostrar o lado “escuro” com uma certa ironia através de músicas com letras carregadas de humor negro - não basta entende-las, mas sim senti-las através do tom agudo e histérico dos vocais que parecem realmente de criança, fazendo jus ao nome. Bom, tudo começou em 1980, quando um jovem chamado Andréas, que mais tarde ficaria conhecido como Andi Sex Gang, se juntou ao baixista Dave Roberts para formar o Panic Button, que de inicio nada mais era que mais uma banda punk de garagem. Com esse nome, a banda tinha uma formação indefinida, chegando a fazer alguns showzinhos em clubes alternativos londrinos. Logo após gravarem uma demo chamada Beasts , passaram a ser empresariados pelo polêmico Malcom McLaren (que depois dos Sex Pistols tentou a sorte em algumas bandas da era New Romantic como Bow Wow Wow e Adam & The Ants). Por sugestão do empresário, são rebatizados de Sex Gang Children (inspirado em um livro de William Burroughs, possivelmente tirado de “Wild Boys”), que era o nome antigo do Culture Club. Quando esse nome foi descartado por Boy George (ao assinar com a Virgin Records), Malcom pediu permissão para que o antigo Panic Button o usasse. Em 1981, com sua formação completada por Terry Macleay (guitarra) e Rob Stroud (bateria), a banda realizou uma demo tape ao vivo; Naked . Foi a partir desse K7 que um selo independente chamado Illuminated Records mostrou interesse pela banda. No outro eles regravaram a música "Beasts" para o primeiro single 12"(homônimo), produzido por Tony James (Generation X, Sigue Sigue Sputnik, Sisters of Mercy). "Beasts" ficou na lista dos singles independentes mais vendidos na Inglaterra. Começam então, uma maratona de apresentações. Abrem alguns shows para o Killing Joke e Bauhaus. Participam também de vários festivais como o Futurama Festival e o Christimas On Earth que aconteceu no lendário Lyceum, onde dividem o palco com Sisters of Mercy, Ritual, The Vibrators, Alien Sex Fiend e Under Two Flags. Em 1983 saíu finalmente o álbum de estréia – “Song & Legend” que incluía a famosa música "Sebastiane". Antes de partirem para a turnê do álbum o baterista Rob Stroud deixa banda, sendo substituído pelo saudoso Nigel Preston (ex-Theatre of Hate). Depois do single "Maurita Meyer", Preston sai para entrar no Death Cult de onde vinha o baterista Ray Mondo que entra para ocupar o seu lugar. Recebem um convite de uma grande gravadora para lançarem um álbum, mas para isto teriam que reduzir o nome da banda para apenas “Sex Gang” (os executivos alegavam alusões a pedolofilia etc...). Eles recusam e partem para uma bem sucedida tour nos EUA. Tocam em Nova York para 3.000 pessoas no Danceteria em 8 de dezembro de 1983. Tal show ficou registrado no K7 “Ecstasy & Vendetta Over New York”, relançado em cd pela Cleopatra Records em 1993. Em 1984, depois do single "Dieche", a banda se dissolve e seus integrantes partem para outros projetos: Dave Roberts forma o Carcrash International com Nigel Preston. Com o Carcrash International ele grava alguns singles e a lendária coletânea The Whip ao lado de outras bandas. Depois do Carcrash International, em meados de 1985, Dave é convidado para tocar temporariamente no Christian Death que, na época, estava em turnê pela Europa. Ele tenta em seguida um revival do Sex Gang Children formando o The Children, mas foi um fracasso chegando a lançar apenas um single desconhecido. Andi Sex Gang participou também da coletânea “The Whip” com a música "Hungry Years" em parceria com Marc Almond (Soft Cell). Nesse mesmo período, Andi se junta ao tecladista italiano Piero Balleggi e forma o projeto Dirty Roseanne, com quem lança um EP homônimo com quatro músicas. Depois disso ele grava alguns álbuns solo. O guitarrista Terry Macleay forma o Power to Dream que dura uns dois anos, mas deixa três ótimos singles gravados pela Illuminated Records. O Sex Gang Children se reúne em 1991, depois do lançamento da coletânea “Hungry Years...The Best of...” Em 1993, Andi Sex Gang e Dave Roberts se mudam pros EUA (apostando no novo vigor d a cena gótica de Los Angeles), onde gravam o álbum “Medea” (Cleopatra), que infelizmente não consegue repetir a mesma energia suja e subversiva dos velhos tempos, mas não deixa de ser indispensável. Ainda em 1993, Andi e Dave Roberts (como guitarrista) excursionaram pela Europa e EUA com vários músicos convidados, entre eles o baixista William Faith (Faith And The Muse). Dave deixa a banda novamente alguns meses depois ( boatos correm por ai, dizendo que ele vem trabalhando com Patrick Mata no Kommunity FK). Seis anos depois Andi grava o álbum “Viel”, onde é creditado o nome da banda apenas como “Sex Gang”. Para seu lançamento foi promovida uma grande festa. Em maio 1999, participam do festival alemão Wave Gothik Treffen, em Leipzig. A banda continua firme, novamente como Sex Gang Children. O selo inglês Dressed To Kill vem relançando em cd alguns dos seus trabalhos antigos. Alguns deles reunidos em um único boxset chamado “ Anthology” (2000). Sua nova formação conta com os seguintes músicos: Kevin Matthews (bateria), Adrian Portis (guitarra), Leo Abrahams (guitarra), Al Nalder (baixo) e Anna MacElligot (violino). O ultimo trabalho lançado é o álbum “ Bastard Art” de 2003.

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