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Formado em Los Angeles, em 1998, o Rilo Kiley é Jenny Lewis e mais Blake Sennet, Pierre de Reeder e Jason Boesel. Depois de três anos tocando em buracos e toda sorte de lugares e biroscas, o RK conseguiu lançar seu primeiro disco, chamado Take Offs And Landings, através de um contrato com o selo independente Barsuk Records, o mesmo de Nada Surf e Death Cab For Cutie.
Logo ficou evidente o carisma da vocalista ruivinha que dava o mimo pop para as guitarrices indie que Sennet capitaneava. Logo veio a oportunidade de excursionar pelos USA e a banda abriu uma tour conjunta de Breeders, Pedro The Lion e Superchunk, alcançando um número ainda impensável de fãs. Nessa esteira veio o segundo disco, The Execution Of All Things, que chamou a atenção dos executivos da Warner. Toparam distribuir o terceiro disco da banda, More Adventurous.
Aqui podemos dizer que a banda passa a ser mais de Lewis do que de Sennet. Se o guitarrista e compositor até então imprimia sua marca nas músicas, a moça cantante passou a sua frente e, do alto de seu carisma e beleza ruivo-indie, passou a dar as cartas. A produção de More Adventurous parece feita sob medida para ela brilhar. A pegada mais pop do disco, mas ainda com moral para figurar como uma nova banda, deu chance ao Rilo Kiley de figurar em trilhas sonoras de filmes e aparecer na televisão.
Não se engane com a doçura de Lewis e seus charmes rendem mais quando soltam versos do tipo "Any asshole can open up a museum/Put all the things he loves on display", que ela canta logo na faixa de abertura, "It's A Hit". No entanto, o grande momento de More Adventurous é "I Never", que tem todos os ingredientes para inscrever-se na prova de clássicos pequenos do pop-rock. Vocais lindos e raivosinhos. Instrumental competente que segura uma ponte entre o soul branco dos anos 60 e o indie rock de porão dos anos 90 e até um falso final com direito a solo cortante de guitarra no verdadeiro fim. O novíssimo disco solo de Jenny Lewis, Rabbit Fur Coat, lança uma sombra de dúvidas sobre o futuro do Rilo Kiley. Enquanto nada novo da banda é lançado, ouçamos o disco solo da moça, resenhado na seção Tudo e que é bastante bom.
[atualização]
Não podemos esquecer também do último disco lançado pela banda (2007): Under the Blacklight. Esse álbum trouxe um novo Rilo Kiley às estantes com um som puxado para o pop, aproximando-se vagamente do eletro-rock (ou eletro-indie-rock) de bandas como Metric, porém mantendo as guitarras de Sennet e a bateria ainda "moderada e belamente indie". Algumas das músicas dos discos são, de fato, obras-primas de música pop, outras têm pontos folk/country que já estavam presentes no CD More Adventurous, enquanto algumas canções vagam pelo universo indie. Isso, porém, sem jamais perder a qualidade Rilo Kiley que cada vez mais parece não se enquadrar em rótulo algum para ir parar nas estantes sob os selos "O que é bastante bom" e "tudo".
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