Em nossas veias, os ancestrais Segue um sureño, cantando vai Se ouve ao longe um sapucai Geada e frio no amanhecerA vida segue tão desigual Gente e cavalo, tudo é bagual Tudo parece tudo normal Um mate quente para aquecerNem tudo é verde, azul Aí como está Um outro olhar do Sul Ver, saber, olharMas na verdade manda o patrão Falta dinheiro na divisão Sofre o operário, sofre o peão Sofre o rebento que vai nascerA proletária do proletário Também escreve em seu diário Discriminada no seu trabalho Muitas jornadas num padecerA juventude fantasiada Sem consciência, ideologizada Anda perdida pelas calçadas Tem gurizada sem entenderVendem seus cestos, filhos no colo Pedem guarida, perdem seu solo Terra Sem Males, um desconsolo Os invisíveis que o Sul não vêTodas as cores, todos os medos Todos os tambores, todos os negros Os dissabores, os desalentos Os invisíveis que o Sul não vê!