Mike Oldfield

New Age

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foto de Mike Oldfield
Nascido na cidade inglesa de Reading há 57 anos, Mike Oldfield teve a música como grande companheira e amiga de todas as horas. Já aos seus seis anos de idade, ganhou de seu pai sua primeira guitarra e já começou a mostrar seu talento. Aos 10 anos de idade, já tocava violão em clubes folk e, aos 15 anos, junto com sua irmã Sally, montaram o duo folk The Sallyangie, lançando um disco em 1968. Aos 16, tocava baixo e guitarra na nova banda do ex-Soft Machine Kevin Ayers, a Kevin Ayers & The Whole World, em que gravou dois discos, "Shooting at the Moon" (1970) e "Whatevershebringswesing" (1971). Contudo, logo percebeu que não seria fazendo parte de um grupo que seu talento brilharia e foi com apoio de Kevin Ayers, em 1971, que teve a oportunidade de gravar uma demo com sua própria música. Dois anos mais tarde, ela se tornaria um dos discos mais marcantes da história do progressivo, "Tubular Bells", cuja introdução de piano foi utilizada no filme "O exorcista" em 1973, ainda que sem sua autorização. As origens do Tubular Bells surgem quando o Mike tem apenas 17 anos, quando começou a rascunhar Idéias para o seu primeiro trabalho(e retoma a caveman section do Barefeet),sendo que em 72, durante uma sessão no famoso estúdio Abbey Road enquanto esperava Kevin Ayers e o restante da banda The Whole World,no qual tornou a espera num momento de gravar suas idéias ultizando-se de vários instrumentos que lhe estavam a sua disposição,e surge uma versão cru do TB,que foi a que o Mike passou um tempo batendo de porta em porta de várias gravadoras e levando um não atrás do outro,deixando ele muito deprimido...só que as coisas mudaram,quando um certo Richard Branson, dono de uma rede de lojas de discos, decidiu abrir uma gravadora e acabou contratando Mike, usando um contrato de um músico de estúdio,já que não sabia o que tinha num contrato!(e esse contrato deu o que falar anos mais tarde...). Com o apoio de Tom Newman e Simon Heyworth,finalmente o trabalho do jovem tímido com ar hippie de apenas 19 anos começou a ser gravado num mansão convertida em estúdio chamada The Manor House,no condado de Oxfordshire,e nesse processo todo,o Mike aprendeu a produzir e técnicas de gravação que engenheiros de som são responsáveis. A primeira parte foi gravada em apenas uma semana,enquanto a segunda foi sendo feita em doses homeopáticas,sempre nas folgas do estúdio(que outros artistas usavam) e no período noturno,após rodadas de cerveja num pub próximo.Além da música original escrita pelo garoto de Reading de 19 anos,a segunda parte termina com uma revisita a um tema tradicional chamado de The Sailor´s Hornpipe(uma clássica musiquinha de marinheiro),e que teve uma versão que só foi a público alguns anos depois no Boxed,com o MC(mestre de cerimônias) Viv Stantshall totalmente chapado apresentando o estúdio,mas o que se ouviria no produto final é uma versão normal. Inicialmente intitulado de Opus One,o Mike Oldfield muda de idéia ao ouvir um trecho presente na parte 1 no qual o MC vai apresentando os instrumentos um a um,quando finalmente diz,'And Tubular Bells!' ,entrando o som cheio dos sinos tubulares e que permeia a atmosfera...e simplemente muda de idéia,deixando Tubular Bells como o nome de seu primeiro trabalho. No dia 25 de maio de 1973,surge mais uma nova gravadora na Inglaterra,chamada de Virgin Records,e quatro discos são lançados ao mesmo tempo,sendo um deles o Tubular Bells do Mike Oldfield.Aos poucos,o disco vai conquistando admiradores,com uma sonoridade difícil de se classificar,quase sem bateria,duas longas músicas instrumentais com pouquíssimas intromissões de vozes que possam se chamar de vocais,e o mais impressionante,tinha sido composta por um jovem tão novo,e que além do mais tocava quase todos os instrumentos(e ai surge a cunha de multiinstrumentista que oculta suas origens de guitarrista e que deixa o Mike até hoje meio chateado).O TB começou a vender,vender,vender que atingiu a considerável marca de 16 milhões de cópias no mundo inteiro,chegando aos 10 milhões em 1981...e o sempre sorridente Richard Branson não tinha do que reclamar do Mike Oldfield,o qual era seu empresário e ficou nessa função por um bom tempo. Uma estratégia pra fazer o TB entrar no concorrido mercado americano foi a utilização de trechos na trilha do filme O Exorcista, e que acabou ganhando o subtítulo de Tubular Bells(Theme from The Exorcist) e acabou levando um Grammy em 1974 como melhor composição instrumental. O sucesso do TB foi absurdamente grande que mexeu com os brios do jovem de apenas 20 anos,cuja estrutura emocional não era das melhores.Após um terrível experiência na premiere do Tubular Bells no Queen Elizabeth Hall em Londres,no qual uma crise de ansiedade o deixou desestablizado na hora de tocar guitarra,optou pelo método da reclusão,indo morar em Hergest Ridge, nas montanhas galesas,perto da fronteira com a Inglaterra.Nesse período,sai seu segundo trabalho,tb chamado de Hergest Ridge(1974),que ao contrário do TB,tinha um caráter mais romântico e pastoral na sonoridade. Neste mesmo ano,uma rápida aparição do Mike na BBC no programa Second House, tocando a parte 1 do TB,que pode ser vista rapidamente no vídeo Elements,e logo após grava no seu novo refúgio chamado de The Beacon, Ommadawn(1975),disco que na época foi considerado(e até hj) o ápice musical do seu trabalho,como uma sonoridade dita como se fosse world music,com bastante elementos da música celta(está no sangue do Mike,visto que sua mãe era irlandesa!),e batidas africanas(que sempre gostou desde a experiência de tocar com garotos africanos qdo mais novo).Também de 75 é lançado The Orchestral Tubular Bells,numa versão que contou com orquestra comandada pelo amigo David Bedford e tb com o próprio Mike nas guitarras. Nesse período,entrevistar o Mike era tarefa quase impossível,ele simplesmente se recusava falar com outras pessoas a não ser pelo seu chefe na Virgin,Richard Branson.Ainda o sucesso bombástico continuava a marcar o Mike Oldfield em plenos 22 anos. O período de reclusão já estava matando o Mike,que depois da trágica morte da mãe em 1975(que é um mistério até hoje), mergulhou literalmente no fundo do poço,a base de mto ácido e bebida,e gerou ataques de pânico.Em 1976,sai a caixa com 4 LPs chamada Boxed,que traz os três primeiros discos remixados em quadrafônico e com versões ligeramente diferentes dos originais, mais o Collaborations,disco de colaborações com David Bedford.Singles e vídeos promocionais(bem primitivos) saíram nessa época,como Portsmouth,Don Afonso(que ele simplesmente detesta hj),William Tell Overture,entre outros. Buscando sair da situação de ovelha negra da raça humana,em 1978,participa de um seminário chamado Exegesis,que lhe traz de volta a confiança e auto-estima necessária para sobreviver.Num dos exercícios,ele consegue reviver o momento de seu nascimento, experiência que ele define como seu renascimento,e o hippie de cabelos compridos e de barba e bigode,que não aparecia em público dá lugar a um Mike Oldfield mais agressivo na postura,cabelos curtos e até com um brinco na orelha direita,que começa a dar entrevistas, aprender a pilotar aviões e helicópteros,posa nu em fotos promocionais, casa com a filha do responsável pela Exegesis,ou seja, se aventura por coisas que antes não tinha condições psicológicas de fazer anteriormente. Essa mudança de comportamento pode ser notada no Incantations,disco duplo com 4 canções longas que reflete essas mudanças, sendo um trabalho mais minimalista,com momentos mais agitados(parte 3) e outros mais calmos(nas outras partes), trazendo poemas de Henry Wadsworth Longfellow(The Song of Hiawatha) e de Bem Jonson(Ode to Cynthia) como acompanhamento nas partes 2 e 4. Esse novo Mike,que perdeu seus medos,parte para fazer algo inimaginável há alguns anos antes:fazer turnês.De todas as turnês que ele fez até hoje,essa primeira turnê,que foi documentada no CD duplo chamado Exposed(=exposto),que trouxe versões orquestradas do Tubular Bells e do Incantations,e que deixou um rombo nas contas do Mike devido aos altos custos de produção. Em 1979,com o Platinum,começa a época de músicas mais curtas,e uma sonoridade mais acessível sem perder o estilo inconfundível do Mike Oldfield que o público conhecia,e que na época foi apelidado de Oldfield para iniciantes,e trazia uma versão de North Star do compositor americano Phillip Glass. Já em 1980,saiu QE2,um disco que tinha parte das composições feitas pelo Mike e outra parte composta de covers do The Shadows (Wonderful Land) e ABBA(Arrival), e que contou com a participação de Phil Collins na bateria(em Taurus I e Sheba) e de Maggie Reilly, que acabou se tornando uma das suas vocalistas preferidas nos anos seguintes. Em QE2,ele compõe uma música para sua primeira filha,Molly,que nasceu no ano anterior,do seu relacionamento com a RP Sally Cooper(que depois tornou-se mãe do Dougal em 1981 e do Luke ,em 1986). Nessa época,além das novidades na personalidade do Mike,ele aprendeu a pilotar aviões e helicópteros(desde pequeno era fascinado por aviões,e até hoje pilota aeromodelos, vide capa do Hergest Ridge como um exemplo) e um incidente no seu avião durante a turnê de 1980 é fonte de inspiração para Five Miles Out, trabalho de 1982, que dá indícios de uma fase mais de singles pra tocar no radio, como a faixa-título e Family Man(que fez sucesso na regravação por Hall & Oates no mesmo ano). Ao contrário do que a Virgin queria para marcar os 10 anos de carreira,lançando uma continuação do TB,surge o álbum Crises em 1983,que mostra um Mike mais comercial,tendo um lado do disco cheio de singles,e o velho e bom Mike instrumental no outro.Crises é o disco que traz o maior single do Mike,Moonlight Shadow(cantado pela Maggie Reilly,que sempre está sendo regravado por outros artistas em diversas versões),mas além disso,tem a inconfundível voz de Jon Anderson(do Yes) em In High Places e o vocal emocional de Roger Chapman em Shadow on the Wall. Para gravar seu novo trabalho,Discovery(1984),o Mike foi parar na Suíça,a 2000 metros de altitude e com vista para o Lago Geneva,numa casa que virou estúdio, e que resultou em um disco a la Crises,com um instrumental longo(mas nem tanto,uns 12 minutos) e sete canções curtas,intercalando o vocal da Maggie Reilly com o de Barry Palmer(ex-Triunvirat). Assim como nos discos anteriores após o Incantations,o Mike fez turnê para promover o Discovery,mas não passou pela Inglaterra desta vez,deixando seus fãs chateados(tudo para melhorar o rombo da turnê de 1979 que ainda perdurava). Também no ano de 1984,compõe sua primeira trilha sonora pra um filme,The Killing Fields(Os Gritos do Silêncio),que trouxe um estilo totalmente diferente de sonoridade,poucas guitarras e muito Fairlight(um teclado com jeito de sampler),só que deixou mágoas,visto que ele detestou ter muito de sua música podada pelo diretor,e não é um trabalho que se sentiu satisfeito em fazer. Entre Discovery e Islands(de 1987),lança vários singles,como Crime of Passion(com Barry Palmer),Shine(novamente com Jon Anderson) e Pictures in the Dark(com a cantora noruegesa Anita Hegerland,que o conheceu em 84 e que tornou-se sua nova namorada em 86,e teve dois filhos com ele, a Greta em 88 e o caçulinha Noah Daniel em 90). Para o lançamento de Islands, o Mike inovou na forma de promover o disco,lançando um vídeo-album,onde cada música do disco ganhou um videoclipe,inclusive o instrumental The Wind Chimes Pt 1 & 2(com seus mais de 20 minutos!),visto que na época o Mike investiu em estúdio de vídeo e colocou em ação o projeto de bancar o diretor de vídeoclipes. Islands também é um disco que segue a fórmula dos anteriores,e trouxe Bonnie Tyler na faixa-título,o velho bom amigo Kevin Ayers em Flying Start e a namorada Anita Hegerland nas outras faixas. Em Magic Touch,dependendo da versão inglesa ou americana,o vocal era diferente(na inglesa,Jim Price e na americana,Max Bacon). A pressão da Virgin por fazer algo mais comercial resultou em Earth Moving em 1989,disco só de músicas curtas,sem nenhum instrumental,com uma sonoridade bem pop e que muitos fãs torcem o nariz,que contou com a participação de Andrew Belew do King Crimson em Holy, Max Bacon(que participou do projeto GTR dos Steves Howe e Hackett) em Hostage, Maggie Reilly em Blue Night,a namorada em Innocent e Chris Thompson(da Manfred Mann´s Earth Band) em Runaway Son e See the Light. Depois de Earth Moving,o relacionamento do Mike com a Virgin chegou a um ponto quase insustentável,que logo após fazer uma versão do TB meio que acústica para um programa de rádio inglês,ele decidiu voltar às origens e fazer um trabalho nos mesmos moldes,e eis que surge Amarok,considerado por muitos uns dos seus melhores trabalhos,sendo uma única faixa de 60 minutos no qual ele volta ao esquema adotado em Ommadawn,mas de uma forma mais agressiva e provocativa,fazendo da sua maneira,e traz mudanças de ritmo constantemente a ponto de não sair nenhum single do CD.Num determinado momento do CD,existe um código Morse que traz uma mensagem especial para o Richard Branson(já comentei antes sobre isso)...Amarok é o trabalho no qual o Mike bate o recorde de número de instrumentos utilizados,desde os mais convencionais até os inusitados como colher,porta,dentes,escova de dentes e por ai vai... Pra fechar o contrato com a Virgin,vem Heaven´s Open em 1991,que ao invés do tradicional Mike Oldfield estampado na capa,vem assinado Michael Oldfield(que seria o nome que ele assinaria todos os seus trabalhos originalmente,apesar que Mike é mais cool,diga-se de passagem),e traz uma novidade para os fãs,ao ver que o Mike deixa vocoders de lado e solta sua voz(depois de 6 meses de aulas de canto) em todas as músicas do CD,cujas letras mostram seu descontentamento com a Virgin(Make Make),enquanto outras são autobiográficas(Gimme Back). A linha Amarok volta no instrumental Music From the Balcony,com passagens rápidas de ritmo e estrutura musical. O que irritava o Mike na Virgin era o contrato que tinha assinado em 73 que lhe obrigou a lançar 13 discos(descontando coletâneas e trilhas sonoras),e que não lhe favorecia em termos de royalities,sem contar com a perda de interesse por seu trabalho pela gravadora depois da bomba que foi os Sex Pistols em 77,ficando completamente deslocado. Se Richard Branson ficava sempre na pressão de ver um Tubular Bells II,ficou a ver navios ao ver que seu desejo foi realizado pelo Mike em uma nova gravadora,a Warner,onde ele está até hoje,com contratos que são feitos para 3 discos e são renovados(os 2 primeiros foram pela Warner UK e o atual pela Warner espanhola). Em Tubular Bells II,contou com a participação do famoso produtor Trevor Horn para co-produzir o disco juntamente com Tom Newman(que ajudou na mesma função no original),e foi estrurado com base no original de 73,mas com uma energia mais positiva e segmentado em 14 faixas(Parte 1 vai de Sentinel até The Bell e a parte 2 de Weightless a Moonshine) e foi gravado na casa do Mike que ele alugou nos EUA onde passou uma temporada morando.Depois de um longo tempo longe dos palcos,surgiu a vontade de tocar ao vivo novamente,e surgiu a idéia de fazer uma premiere do TBII,como se fosse um concerto de música clássica ao ar livre,e o local escolhido foi o castelo de Endiburgo(Escócia),numa noite mágica que foi um sucesso,passando na TV e que depois virou vídeo(e DVD). Com base no TBII,veio a turnê de 20 anos de carreira em 1993,ao mesmo tempo que começou a gravar seu próximo trabalho,The Songs of Distant Earth,baseado no livro de mesmo nome do autor de 2001-Uma Odisséia no Espaço,Arthur C. Clarke(que o Mike teve a honra de conhecer pessoalmente no Sri Lanka,onde mora).Esse disco de 1994 traz uma sonoridade que lembra muito o Enigma,sendo totalmente tecnológico,sem nenhum instrumento acústico,e que trazia uma novidade na época muito inovadora,uma faixa multimídia interativa para os usuários de Mac,que trazia áudio e vídeo,que saiu da cabeça do Mike em computadores bem grandinhos para os padrões de hoje. A pedido da gravadora,com a onda de música celta que assolou o mercado,surge Voyager,disco de 1996 que traz algumas regravações de canções tradicionais celtas como Women of Ireland e outras compostas pelo próprio Mike Oldfield como The Voyager,que não deram tanto trabalho para fazer visto que ele,cuja mãe era irlandesa,já estava acostumado a ouvir música celta... Para quem curte o trabalho do Mike,não dá pra imaginar que ele foi parar na Meca da música eletrônica na Europa,a ilha espanhola de Ibiza,que fervilha no verão,trazendo jovens alucinados para os clubes dançando até altas horas da madrugada. Acreditem se quiser...o Mike foi parar lá,interessado em sair do clima clássico inglês,construiu uma senhora casa na ilha,e morou por quase 4 anos,sendo que a mudança se consumou depois das gravações do Voyager(cujas fotos foram tiradas lá). O Mike pensava que iria ficar apenas relaxando,meditando,fazendo tai-chi e curtir as belezas de Ibiza,mas depois que um amigo deu uma fita de techno pra ele,ficou intrigado com a música e começou a fazer brincadeiras com o famoso tema do Tubular Bells,e começou a frequentar as baladas,se divertindo feito adolecente,e nada como sessões de bebedeiras e consumo de drogas pra deixar o eterno tímido do Mike em ponto pra curtir a agitação eletrônica da ilha.Os períodos de alegria,euforia intercalados com de depressão e agressividade vividos por ele durante sua estadia transformaram-se na música que está no Tubular Bells III,que traz o lado eletrônico mesclado outras sonoridades já exploradas em trabalhos anteriores,como Crises e Ommadawn(que tiveram trechos sampleados no CD). Se a mudança em 1978 foi radical,a vista em 1998(no lançamento do TB III) também foi tanto quanto...TB III ganhou uma premiere em Londres,em House Guards Parade em 4/9/1998,numa noite chuvosa e que marcou a volta do Mike Oldfield aos shows,depois de 5 anos.Até o ex-chefe Richard Branson esteve presente na platéia,prestigiando o show,que além do TB III,teve um trecho do TB original,mais Moonlight Shadow e Family Man(cortadas do DVD por causa de serem da era Virgin).O show foi um sucesso total,e deixou o Mike pronto para voltar a fazer turnês como nos anos 80... Depois do TBIII,surge um projeto inusitado e que vários outros músicos tentaram fazer,mas não saiu do papel deles...um disco feito só com guitarras(violões e baixo tb)...surge Guitars,no comecinho de 1999,no qual o Mike fez todo o trabalho musical(desde as composições até a instrumentação),gerando todos os sons a partir de guitarras,samples de guitarras e guitarra em MIDI,e reafirma sua posição de ser principalmente um guitarrista,e não um cara que sabe tocar vários instrumentos. Unindo o novo disco com o ainda com fôlego TBIII,surge a primeira turnê em 6 anos,batizada de Then and Now,no qual trabalhou ambos os discos, o The Songs of Distant Earth(que fez muito sucesso entre seus fãs) e trabalhos mais antigos como Ommadawn e os singles do Crises(Moonlight Shadow e Shadow on the Wall). Como vários artistas fizeram seu disco para o novo milênio,o Mike não ficou de fora e lançou The Millennum Bell no final de 99,que acabou sendo base para o show da virada em Berlin(Alemanha) intitulado de Art in Heaven-The Millennum Bell Concert,que atraiu milhares de pessoas em pleno inverno alemão e foi um sucesso total,virando DVD e vídeo. Há muito tempo,o Mike Oldfield tinha planos de ser mais do que um artista convencional,mas ser um artista multimídia(como ele mesmo definiu numa entrevista em 94),só que a tecnologia não tinha evoluído de tal forma que pudesse expressar corretamente suas idéias quanto a um projeto de realidade virtual.A faixa multimídia do The Songs of Distant Earth era só uma previa para que viria a seguir....em 2000,o Mike começou a trabalhar finalmente(depois de várias tentativas que ficaram de lado por causa de outros projetos) no seu mundo virtual,batizado inicialmente de Sonic Reality,passando por SonicVR até chegar no conhecido MusicVR(e nome final!),que é uma espécie de simulador que leva o jogador a lugares sonhados pelo Mike,com elementos fortes de surrealismo(estilo de arte preferido dele),muitas cores,sem violência nenhuma,funcionando como uma válvula de escape para a realidade que vivemos. O projeto,além da parte visual,da criação do jogo,contou também com a parte musical,que fez o Mike voltar aos tempos que morava em Ibiza e freqüentava o famoso Café Del Mar,no qual a música chill out reina absoluto...o chill out é uma vertente da música eletrônica mais calma,com temas para relaxar após uma noitada agitada(ou um dia agitado,por exemplo),e que virou uma febre em muitos lugares no planeta(inclusive aqui no Brasil),sendo executada em lounges de danceterias.Pensando nesse som,o Mike compôs novas músicas,que resultaram no seu trabalho mais recente,Tr3s Lunas(com título em espanhol mesmo,baseado em um dos seus restaurantes preferidos em Ibiza),que acompanha o primeiro episódio do MusicVR que tb leva o mesmo nome do disco,e sem contar com outras músicas no mesmo estilo que estão apenas no jogo. Em 2003,veio a tão sonhada regravação do primeiro disco do Mike Oldfield,o Tubular Bells,que foi carinhosamente rebatizado de Tubular Bells 2003. Essa regravação,além do aspecto comemorativo dos 30 anos de lançamento(e de carreira dele),vem para satisfazer um desejo de 30 anos do Mike,que nunca se mostrou satisfeito com o resultado do disco original,cujas guitarras estão desafinadas,foi feito tudo na pressa,mal feito,descompassado,mal gravado...é o Mike perfeccionista de sempre pegando no próprio pé.O comediante John Cleese(do Monty Python) participa do CD como o MC(mestre de cerimônias),a Sally Oldfield volta para fazer vocais de apoio como no original e para incrementar a nova versão do Pitdown Man(a famosa Caveman Section),juntamente com o Mike,além de que muitos dos instrumentos originais usados em 72/73 foram resgatados para executarem os mesmos papéis,juntamente com as novidades tecnológicas de 2003.E,depois dos mixes em quadrafônico no passado,o Mike brindou seus fãs audiófilos com um Tubular Bells 2003 em versão DVD-Audio,em som surround em 5.1,para tornar mais completa a experiência da nova versão do seu clássico mor,e que traz as famosas demos de 1971 feitas no gravador emprestado por Kevin Ayers que foram o começo do sonho do clássico trabalho da história do progressivo e do rock. Em maio de 2007,lançou sua autobiografia chamada "Changeling - The Autobiography of Mike Oldfield"(sem tradução para o português),contando sobre sua história pessoal,além de algumas histórias por trás de seu sucesso. Depois de "Light + Shade" em 2005, seu novo trabalho,Music of the Spheres, foi lançado no dia 17 de março de 2008 na Europa,sendo sua primeira incursão na música clássica,contando com a partipação de Karl Jenkins(ex-Soft Machine e atualmente no Adiemus),da soprano Hayley Westenra e do pianista chinês Lang Lang,atingindo o primeiro lugar nas paradas de discos eruditos do Reino Unido na semana do lançamento,além de uma premiere no Museu Guggenheim em Bilbao em março de 2008.

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