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O Levante faz hardcore na linha de bandas como Colligere e A Sangue Frio, mais na pegada da segunda delas, por não optar por guitarras um tanto quanto virtuosas como às vezes ocorre na primeira. A banda do Capão Redondo não grita, e não faz vocais melódicos, cantam num meio termo entre o hardcore agressivo e um até mais acessível. Um vocal meio falado, mas que não podemos confundir com rapcore, pois não é. Difícil de explicar, mas que aposto que vai agradar aos fãs das mais variadas tendências do hardcore. Facilita também este modo deles cantar pra que possamos entender as letras, o que é importante numa banda como esta que tem uma mensagem pra passar. Mensagem que pode ser resumida na faixa que leva o nome da banda, onde “chamam” as pessoas que têm suas vidas oprimidas para este levante.
Também vai ajudar, e muito, pra entendermos as letras, a qualidade da gravação. Bem acima da média, dá pra ouvir inclusive todas linhas de baixo, que por sinal são ótimas, muito bem trabalhadas como toda a parte instrumental do grupo. Logo no início da demo em “Não existe o fim” já demonstram isso. Na faixa seguinte, “Maya”, também não esperam pra mostrar criatividade e belos riffs, além de que não é preciso seguir a fórmula verso/refrão pra fazer uma boa música. Eles quase que não repetem nenhuma parte neste som, e isto soa bem natural. Diversidade que também não falta na já citada “Levante”, e em “Gunas” que fecha o pacote.
Infelizmente são poucas músicas, e só nos resta pedir por mais. Que o Levante seja rápido pra nos apresentar mais de seu belo trabalho!
GEDERSON – bateria
EUDES – vocal
HENRIQUE e EDUARDO – guitarra
JEFFERSON - baixo
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