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The MOSAT (Master Of Space And Time), como é chamado pelos seus fiéis e fanáticos fãs, é um ícone do rock’n roll que está na estrada desde os anos sessenta. Os longos cabelos loiro-acinzentados deram lugar a uma vasta cabeleira branco-neve que continua passando longe de qualquer tesoura.
Nascido em Oklahoma em 2 de Abril de 1941, Claude Russel Bridges aos 14 anos mentiu sobre sua idade para poder tocar em uma boate em Tulsa ao lado de Jerry Lee Lewis. Três anos depois foi para Los Angeles, trabalhar ao lado de grandes nomes como Ike & Tina Turner, como músico e arranjador.
Leon estreou como cantor e músico multi-instrumentista em 1968, lançando um álbum em vinil muito bem recebido pela crítica: Asylum Choir. Seu auge foi nos anos 70, quando o cantor inglês Joe Cocker, aproveitando a maré do estrondoso sucesso em Woodstock, resolveu fazer uma turnê pelos Estados Unidos e convidou Leon Russell para ser arranjador e maestro da banda Mad Dogs & Englishmen. A turnê foi um sucesso e parte dos shows virou um filme que registrou não só as performances de Joe Cocker ao lado de Leon, Chris Staiton, Carl Radle, entre outros, como também o backstage das viagens da turma. A crítica responsabilizou Leon pelo sucesso da turnê, fato que, dizem as más línguas, teria causado um certo ‘ciúmes’ por parte do inglês da voz de trovão. (Aqui no Brasil, o filme Joe Cocker - Mad Dogs & Englishmen foi lançado em DVD, de péssima qualidade por sinal, há uns anos atrás).
Também em 70, lança The Blue Album , que contou com a participação de grandes músicos como os Beatles George Harrison e Ringo Starr, Eric Clapton, Steve Winwood, além dos Stones Charles Watts e Bill Wyman. É neste álbum que estão dois de seus maiores sucessos Delta Lady e A Song for You, que embalaram muitos de nossos sonhos eróticos da adolescência. Em 1971, Leon lança Leon Russell and the Shelter People.
Em agosto deste mesmo ano, George Harrison promoveu, no Madison Square Garden, o famoso Concert for Bangla Desh, um dos primeiros eventos beneficentes do mundo da música. Ao lado de Ravi Shankar, Ringo Starr, Bob Dylan e Eric Clapton, Leon Russell mais uma vez brilhou. Sua performance em Jumpin’ Jack Flash, dos Stones, e em Youngblood, assim como o dueto com George Harrison em Beware of Darkness são lendárias. Na apresentação desta música a platéia vai ao delírio quando Leon emerge das sombras com sua voz estridente e envolvente. (Há quem diga que o seu sucesso na noite o teria livrado de uma bronca, por parte da produção de espetáculo, devido ao fato de ter se atrevido a apresentar um sucesso dos Stones num show ao lado de dois dos Beatles).
Em 1972, lançou Carney, que é encarado como um álbum autobiográfico e chegou ao segundo lugar da Billboard com a música Tight Hope. Até 1975 produziu um álbum por ano, Leon Live, hoje encontrado em cd duplo e que possui uma gravação irrepreensível de It's All Over Now Baby Blue; Stop all that Jazz, que inclui, entre outros sucessos, a balada If I were a Carpenter e Will O’ the Wisp, que traz o hit Lady Blue. Nesse meio tempo, Leon só parou por um tempo para acompanhar os Rolling Stones numa turnê. Ganhou em 1976 um Grammy e, em 1979, pôs um pé na música country ao gravar com Willie Nelson o álbum Willie and Leon.
Nos anos 80 Leon foi para Nashville e deu um break por 8 anos. Voltou a gravar com seus filhos Teddy Jack, Tina Rose e Sugaree (qualquer semelhança com Sugaree da música de Jerry –Gdead- Garcia é mera coincidência). Os demais álbuns que The Master of Space and Time gravou, (cerca de 15) são somente encontrados aqui no Brasil, em importadoras, mas mesmo assim vale a pena conhecer Retrospective, de 1996, que, como o próprio nome já diz, traz de tudo um pouco da carreira do Leon; Face in the crowd; Signature Songs, além dos cds com Hank Wilson.
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