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Jewel Kilcher (nascida em 23 de Maio de 1974 em Paison, Utah) é uma cantora, compositora e também atriz e escritora norte-americana.
Desde pequena já demonstrava seus talentos musicais. Aos 5 anos, vai com a família para Anchorage, no Alasca, no ano de 1979, num sítio de 250 hectares dos avós suíços, e já nessa idade, às vezes ou não, devido às turbulências entre os pais, Jewel escreve poemas e arranha suas primeiras canções (ela tem bem mais de 150 composições).
Sua infância foi difícil, teve dislexia - transtorno que afetava sua leitura e coordenação. Mas ela sempre foi muito determinada. No espetáculos de música folk dos pais, ela se deliciava quando o pai fazia o famigerado Yodel e queria aprender a fazê-lo. Mas Atz, temendo que isso sobrecarregasse as cordas vocais da menina de 6 anos, relutou a ensiná-la. Então ela treinou incessantemente sozinha, até conseguir imitá-lo com facilidade.
Dois anos depois, seus pais se divorciaram e ela muda-se novamente agora para Homer, também no Alasca.
Eles tocavam sempre em bares decadentes e pontos de encontro de veteranos, muitos recendendo fumaça e cerveja derramada. Os freqüentadores incluíam motoqueiros tatuados e gente sem destino certo. Num bar de motoqueiros em Anchorage, Jewel viu um homem desmaiar no estacionamento por overdose. "O que presenciei nesses lugares me afastou de drogas, bebida e fumo pelo resto da vida". Ali ela também presenciou o que acontece com pessoas que perdem a paixão pela vida e que terminam apenas vivendo 'com a barriga'. E jurou que nunca deixaria isso acontecer com ela.
Uma noite, pouco antes de suas apresentações, ela e o pai discutiram. Já perturbada, Jewel desatou em lágrimas quando o pai lhe disse que tinha de esquecer a vida particular ao subir no palco. Que diferença fazia, pensou Jewel, se a platéia era um bando de veteranos de guerra bêbados?
Foi quando um homem gritou para ela: 'larga esse ar deprimido!'. Subitamente ela percebeu que estava ai para agradar ao público, e não a si. Decidiu então nunca mais subestimar uma platéia.
Aos 13 anos, inquieta, Jewel fez as malas e foi morar com a mãe, 'abandonando' de vez aquele zigue-zague de morar cada hora com um dos pais. Jewel chegou a fazer amizade com membros de gangues de rua. Saiu com homens mais velhos. Até chegou também a praticar pequenos furtos em lojas. Mais tarde, em 1988 ela é “adotada” por uma tribo indígena em Otawa.
Na sua época de colégio chegou a ter um grupo de rap com as amigas, curioso não? Quando tinha 18 anos, acabara de concluir o curso secundário e estava totalmente incerta quanto ao que fazer da vida. Ela e sua mãe mudaram-se de Michigan para San Diego, para um apartamento alugado, e vinha aceitando uma série de empregos frustrantes e mal pagos, servindo mesas e operando caixas registradoras. O tempo e o dinheiro eram escassos, insuficientes para que pensasse em seu futuro profissional. Na verdade mal conseguia sobreviver. A situação piorou ainda mais quando a adolescente esguia começou a sentir nas costas uma queimação que descia até a virilha. Seus longos cabelos louros estavam ensopados por causa da febre no dia em que, em silêncio, foi com a mãe até o pronto-socorro. Três hospitais e quatro clínicas já haviam se recusado a tratar a séria infecção renal da jovem, que não tinha dinheiro ou plano de saúde. Por fim conseguiram um médico que se dispôs a tratá-la, mas o episódio foi, física e espiritualmente o fundo do poço.
Nas semanas seguintes, Jewel confiou à mãe, suas ansiedades. O que deveria fazer? Adorava artes - literatura, desenhos, dança, música. Mas como se dedicar a essas carreiras que tanto exigiam se a mera subsistência lhe absorvia tamanha energia?
Em 1993 Nedra propôs uma solução inédita: entregariam o apartamento, por motivos financeiros, e se mudariam para uma van na praia. Sem a pressão do aluguel, Jewel poderia concentrar-se no objetivo da sua vida. Fazendo uma auto-análise, Jewel concluiu que cantar e escrever música era o que mais gostava na vida. Nedra sondou-a mais a fundo, perguntando por quê.
Jewel refletiu sobre os motivos. Dinheiro? Sempre tivera tão pouco...até já se acostumara a viver com o que conseguia carregar numa mochila. Fama? Não ligava para isso. O que realmente importava eram suas canções - inspirar as pessoas com suas palavras e voz. "Quero cantar para lembrar todos de viverem seus sonhos", disse à mãe.
Jewel disse que quando abria a janela do carro na primavera, via as flores e a praia e sentia como se estivesse no Caribe. Nessa época conhecera um dos seus melhores amigos Steve Poltz, da banda Rugburns. Ele a ensinou a surfar e também escreveram várias músicas como “You Were Meant For Me”, que foi escrita no México, durante uma viagem. Ela também além de ter trabalhado como garçonete tocava todas as quintas-feiras num Café, por míseros U$ 3,00.
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