Desperta Brasil, canta, mangueira
Embarque no trem da estação primeira
Nesse livro verde e rosa
A verdade verdadeira
Gigante adormecido
Em seus ouvidos forjaram memórias
Milhares de anos esquecidos
No ventre da nossa história
Do jeito que o rei mandou
Um “terra à vista” ecoou
Naus portuguesas em aventuras
Que em busca de riquezas
Desprezaram o homem nu, sua arte, sua cultura
Vinte e dois de abril, dataram o que não existiu
Nosso “primeiro de abril”
Índio valente guerreiro, dono da terra
Abençoado por sepé tiaraju
Cunhambembe, o braço forte
Integração pra não entregar
Caboclos, cariris, tupinambás
Na luta, jangadeiro destemido
Chico da matilde é inspiração
Deu asas à liberdade antecipando a abolição
Bailam dandara, zumbi, felipa e mahin em comemoração
Nos grilhões e tantos cabrais persistem em nossos anais
Heróis, de fato, no anonimato
Hoje monumentos na mangueira
Saci, bumba-meu-boi e um artista iluminado
Alimentam a cultura brasileira
Desperta Brasil, canta, mangueira
Embarque no trem da estação primeira
Nesse livro verde e rosa
A verdade verdadeira