Gralha Azul

Disco

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foto de Gralha Azul
O Grupo surgiu do movimento cultural que se desenvolveu em Paranavaí no final da década de 60 a partir do TEP-Teatro Estudantil de Paranavaí, fundado em 1969 pelo professor Huany França. A inauguração se faz com a peça “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Mello Neto, que se tornou um marco nas atividades teatrais na Região. Quando o TEP se consolidou, optando por peças musicadas, conquistou o campo da música e o embrião do grupo musical ganhou vida como Gralha Azul, no ano de 1977. O FEMUP, Festival de Música e Poesia de Paranavaí e Concurso Literário de Contos, também teve um papel importante para a criação do Grupo. Nessa época, a cidade tinha grandes talentos no setor teatral e o Gralha Azul nasceu nesse meio. Mas foi a ida de Paulo César de Oliveira para o Rio de Janeiro no ano de 1975, transferido como funcionário do Banco do Brasil, que se fez ascender a vontade de cantar as coisas do Paraná. Surpreso com o número de shows regionalistas apresentados, percebeu que “todo mundo ia para o Rio de Janeiro e continuava cantando as coisas de sua terra”. Nesse período compôs “Saudade da Gralha Azul” (que deu nome ao grupo), “Vila Velha” (que canta a arquitetura natural das pedras na região de Ponta Grossa) e Procissão dos Navegantes”. Quando a saudade se misturou com a imagem dos espetáculos regionalistas, Paulo César resolveu voltar e trouxe na cabeça algumas músicas para dar início ao seu projeto. Daí em diante, a formação do Grupo se deu rapidamente. A primeira mostra musical se deu em 1977 com o show “Canto da Terra” no Cine Paranavaí, onde foram interpretados vários compositores da cidade. O Grupo participou, neste mesmo ano, do 1o FEMUSESC (atual FEMUCIC – Festival de Música Cidade Canção da cidade de Maringá) e sua estréia teve grande repercussão. A partir daí, percebeu-se que existia um campo enorme para percorrer e o trabalho passou a aflorar com mais freqüência e a autenticidade dentro da proposta de música voltada à realidade regional. O reconhecimento veio paulatinamente e, os shows, principalmente em Paranavaí, eram muito prestigiados chegando a ter um público de 1200 pessoas no antigo Cine Ouro Branco nos finais de ano. Veio a primeira participação do “Gralha” no Som Brasil, programa da Rede Globo de Televisão, apresentado por Rolando Boldrin. O grupo participou de vários projetos musicais pelo Estado, cantou e foi premiado em eventos pelo Brasil, como por exemplo, o Festival Nacional de Música dos Funcionários do Banco do Brasil em Brasília (DF). Na ocasião obteve o 2o lugar com a música “Flor Primeira” de Paulo César de Oliveira e Artur Roman. O Gralha Azul nunca teve projeção nacional. “A maior preocupação do Grupo sempre foi o de cantar as coisas do Paraná e sempre existiu o medo de que se desintegrasse se partisse para o profissionalismo, pois faz música de registro cultural”, como diz uma das estrofes da música “Tristeza Maior” do LP “Moema”: “quem vai acreditar na história do lugar, se os filhos crescerão sem nada para contar”. A cidade de Paranavaí sempre prestigiou o Grupo que, como já é de praxe, realizam um “show a cada fim de ano”. Em todos esses anos de existência já fizeram apresentações por inúmeras e nas principais cidades do Paraná, como Curitiba, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Cascavel, Umuarama, Campo Mourão entre outras. Apresentaram-se várias vezes pelo estado de São Paulo e por duas vezes participaram do extinto programa “Som Brasil” da Rede Globo, apresentado por Rolando Boldrin. Todo dinheiro arrecadado nas apresentações e venda de discos é revertido para a aquisição de equipamentos para o próprio Grupo e para gravações.

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