Às vésperas do último eclipse
Tá todo mundo sem agenda pro apocalipse
Sem tempo irmão
Um passarinho me disse que
Talvez seja hora de fazer um remix e
Certo, pipocas e refresco
Num tempo quente
Sério gente, eu achei fresco
O bem e o mal se enrosca como um arabesco
É desesperador como soa burlesco
O que será das árvores, dos amores?
Do brilho límpido das água nas nascentes?
O que será dos bichinhos, das flores nos caminhos?
O que será dos bom vinhos e das garotas calientes?
Já pensou, bolas de fogo a chover num lugar
Ninguém vai ver, todo mundo vai tá no celular
Se tudo forem dores, dos valores se esquece
Tem como repetir, eu fui fazer uma selfie?
É o final dos tempos
Alvos, templos, salvos mesmo
Nenhum de nóis
Às vésperas de um grande: Salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
É o final dos tempos
Alvos, templos, salvos mesmo
Nenhum de nóis
Às vésperas de um grande: Salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
Cara pra que tão dramático – para!
Só deixa ir no piloto automático, encara
Que soa sádico de início mas olha o precipício
Ver daqui é uma chance tão rara
A gente vai entrar em extinção, tipo as araras!
Eu sei, se derrete o Alaska nóis se lasca
Emplaca ideia torta, de que a terra morta numa maca
Se ressuscita com ideia babaca
Eca
Meu amigo sorria, é triste a profecia, lamento
Cê não conhece outros departamentos?
Levanta vagabundo, bora salvar o mundo
Ou pelo menos ver ruir de um lugar cem por cento
É o final dos tempos
Alvos, templos, salvos mesmo
Nenhum de nóis
Às vésperas de um grande: Salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
É o final dos tempos
Alvos, templos, salvos mesmo
Nenhum de nóis
Às vésperas de um grande: Salve-se quem puder
Sendo tratadas como um dia qualquer
É o final dos tempos