De/Vision

Bossa Nova

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foto de De/Vision
Em julho de 1988, quatro rapazes se juntaram na cidade de Darmstadt, na Alemanha, para fazer um som diferente. Markus Ganßert, Stefan Blender, Steffen Keth e Thomas Adam deram origem ao De/Vision, banda que mescla elementos eletrônicos a um vocal melódico, e teve seu estilo musical rotulado de soft techno e, posteriormente, de synthpop. As primeiras apresentações ocorreram em fevereiro de 1989, num local chamado Goldene Krone, e daí surgiu a oportunidade de gravarem a primeira fita cassete, Live at Goldene Kron, que teve duzentas cópias vendidas rapidamente. Logo estavam concedendo entrevistas a conceituadas revistas da cena musical européia, o que tornou a banda mais conhecida. Em decorrência disso, puderam ser agendados os primeiros shows, por várias cidades da Alemanha. Em 1989, abriram para a banda Psyche em Hildesheim e, em razão do sucesso, decidiram gravar a segunda fita: Tears of Missing Days, que vendeu tanto e tão rápido quando a primeira. A essa altura, já pensavam em gravar um single... Eles bem que tentaram, mas não conseguiram o apoio de nenhuma gravadora. Por isso, decidiram criar seu próprio selo, a SPR (Synthetic Product Records), para lançar o single Your Hands On My Skin, em 1990. Assim teve início a primeira turnê oficial da banda pela Alemanha. A populariadade e o número de fãs aumentava cada vez mais, superando todas as expectativas. Foi quando Stefan Blender decidiu deixar o D/V por motivos pessoais. De qualquer forma, a banda estava atraindo muitas atenções e foi convidada para abrir dois shows do Camouflage. Começavam os preparativos para a gravação do segundo single, Boy on the Street (1992), com a participação de Chris Lietz (do Die Krupps). Mesmo com um sucesso crescente, nenhuma gravadora se interessava pela banda, e o segundo single também fosse produzido pela SPR. A Alster Music Publishing, uma pequena produtora musical, começou a prestar um pouco mais de atenção no De/Vision e resolveu apoiá-los. Foram feitos os primeiros contatos com o selo Strange Ways Records (de Hamburgo), e em 1993, finalmente o De/Vision fecha contrato e lança o terceiro single, Try to Forget. A gravação foi feita em apenas 3 dias e seu lançamento ocorreu em agosto de 1993. O sucesso foi tão grande que a música virou hit nas pistas de dança alemãs e a banda grava um LP. Num intervalo de dez dias, trancaram-se no estúdio e compuseram todas as trilhas de World Without End. A reação dos fãs foi muito positiva, mas a opinião da mídia ficou dividida, pois alguns críticos colocaram o De/Vision à sombra do Depeche Mode (que, de certa forma, serviu muito de inspiração), o acusando de plagiar o estilo dos veteranos. Mas isso não abalou a reputação da banda e a turnê do primeiro álbum foi um grande sucesso. Em maio de 1994, foi lançado mais um single, Dinner Without Grace, que superou o sucesso de Try To Forget. A música podia ser freqüentemente ouvida nas rádios alemãs... era o De/Vision crescendo e aparecendo. O segundo álbum, Unversed In Love, lançado em janeiro de 1995 e, à semelhança do primeiro, gravado em 10 dias, continha uma balada chamada “Love Me Again” que mostrava ao público um lado mais melancólico da banda, com uma melodia “pegajosa”, difícil de se tirar da cabeça. O segundo single do álbum, Blue Moon também fez muito sucesso, e deu origem ao primeiro videoclipe. No entanto, as emissoras de TV não mostraram muito interesse pelo trabalho. A banda, então, fez sucesso com a terceira música de Unversed In Love, “Dress me when I Bleed”, mais uma balada e, atendendo a pedidos dos fãs, o D/V relança o MCD Boy on the Street e grava uma compilação com músicas inéditas, chamada Antiquity. O 140º show ocorreu em Frankfurt, foi filmado e lançado em vídeo sob o título Live Moments we Shared, em 1996. Entram, então, em estúdio para gravar o álbum Fairyland?, no final de 1996, na Bélgica. Pela primeira vez, as guitarras foram incluídas nas músicas. Sweet Life foi lançada como single e pouco tempo depois o álbum estava na 87ª posição do Media Control Charts, permanecendo assim por duas semanas. Logo depois, veio a turnê desse álbum, que também virou um vídeo, intitulado pelos próprios fãs de Fairylive. O segundo single foi I Regret, marcando uma mudança importante para o De/Vision: o contrato com a WEA. Em 1997 é lançado o single We Fly... Tonight, antecedendo o álbum Monosex. Este se diferenciava dos trabalhos anteriores da banda por conter trechos tocados em violino em algumas de suas músicas, o que foi uma inovação em termos musicais. A gravação do novo álbum terminou no final de 1997 e a banda foi para Houston para gravar o vídeo de “We Fly... Tonight”. O último single alcançou lugares ainda não explorados pelo D/V. As emissoras de TV começavam a se interessar pelo material da banda, e foi então que fizeram sua primeira aparição na mídia televisiva. Em 1998, iniciou-se mais uma turnê. Strange Affection foi o segundo single de Monosex, e também uma das mais populares músicas do De/Vision, que teve uma versão editada para o rádio. Em novembro de 1998, sai o álbum Zehn, e sua turnê pela Europa durou seis semanas. Mais uma vez a banda troca de produtor. Em 1999 iniciou-se a gravação do próximo álbum, em Berlim. A banda ficou meses trancafiada no estúdio. Primeiramente, foram gravadas as faixas que poderiam originar singles, mas a reação da gravadora em relação a elas não foi das mais positivas. Steffen achou que “Blue moon”, lançada como single em 1995, deveria ser reeditada nesse novo trabalho. Após quase cinco meses, o álbum Void foi finalizado, mostrando a banda de uma forma mais complexa, com um som mais progressivo e forte. Por esse motivo, a WEA decidiu não relançar “Blue moon” 1999 como singl e “Foreigner” foi a faixa mais cotada para representar o álbum. (A título de curiosidade, o videoclipe de “Foreigner” foi filmado em um hospital russo, em uma temperatura de -3 ºC.) A partir daí, o som da banda passou a ser classificado como progressive pop, dada a complexidade de detalhes utilizados nas músicas. A mudança musical da banda desapontou alguns fãs que a acompanhavam desde o início, e a primeira parte da turnê seguinte foi um fracasso. Então mais um single é lançado para a segunda parte da turnê. Tratava-se de “Freedom”. Essa foi uma fase bem difícil para o D/V, pois, além da má recepção por parte do público e da não renovação do contrato com a WEA, Markus deixa a banda. Os fãs se preparavam para o fim do De/Vision. Mas, apesar das dificuldades, os empresários da banda ainda tentaram contato com inúmeras gravadoras e foi aí que se deu a parceria entre o vocalista Steffen e o Trance Project Green Court, que culminou no lançamento do single Shining, em 2000. A música conseguiu alcançar 1º lugar em muitas paradas, ao contrário do segundo, Take (my breath away), lançado em 2001. Ainda assim, as negociações com outras gravadoras renderam nenhum contrato. No entanto, um pequeno, porém influenteselo, chamado Drakkar Entertainment, interessou-se pelo trabalho do D/V, que viu nesta parceria a oportunidade de trabalhar livre das imposições das grandes gravadoras. Os acontecimentos anteriores influenciaram muito as novas composições de Steffen, o que resultou em músicas menos dançantes: eram músicas para serem ouvidas. O início das gravações do próximo foi adiado por diversas vezes, em razão de problemas de saúde com Steffen, mas na metade de 2001 é lançado o álbum Two, um pouco mais leve que os anteriores, mas ainda com batidas eletrônicas. O primeiro single foi Heart-Shaped Tumor, que contou com a gravação de um videoclipe. A banda decidiu fazer uma apresentação acústica para os fãs antes do lançamento de Two, o que foi uma iniciativa inovadora, por se tratar de uma banda que utilizava inúmeros elementos eletrônicos. Oito músicas foram escolhidas e adaptadas especialmente para aquela noite. O sucesso da apresentação foi tão grande que a Drakar lançou um álbum acústico, e o D/V já estava com o pé na estrada para a turnê de 2001. O segundo single, Lonely Day, foi lançado, mas sem o sucesso esperado. Em 2002, começam a ser compostas as novas músicas do De/Vision, e a banda decide, mais uma vez, trocar de produtor. O novo álbum foi trabalhado durante 7 meses. Foi então que a banda decidiu atender a um pedido de seus fãs e lançar um álbum só com remixes de suas músicas. São lançados, simultaneamente, Devolution e Remixes. Apesar de Devolution não haver alcançado boas posições nas paradas, sua turnê foi a melhor da banda já feita pela Alemanha, e até rendeu a gravação de um CD ao vivo. A banda continuou a parceria com a Drakkar Entertainment e um novo contrato foi assinado em julho de 2003. Então, só nos resta esperar algum novo sinal de vida do De/Vision. Adaptado do texto retirado do site oficial por Denise Pasito Saú (publicado em Le Chat Noir)

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