Não há como conter a grande força
Dos mares quando se debatem
Avançam margens de si mesmos
Percorre a terra inteira
Assim é o amor quando encontra a gente
No fundo todo mar é continente
O amor no fundo sempre foi presente
Eu peço que atente
Talvez sejam as últimas palavras
Quando a maré cobrir as nossas casas
Seremos todo o caos que se propaga
Estado de calamidade
Não há sequer aqui uma cidade
Que não mergulhe em tua beleza
Que não se afogue na tua chegada
Dragão lunar empurra o fundo que vibra e transborda
Ressaca vem pra carregar teu corpo e a alma lavada
Ela só quer imensidão, vai te cercar, atente
Amor, atente