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Bizarrices, perversões e demências espaciais.
Ah! Isto é muito pouco para descrever uma das bandas mais "doentias" do mundo.
O Alien Sex Fiend começou sua esquisita missão no verão de 1982, no Pais de Gales, quando Nik Fiend (vocal e letras) e sua esposa Ms. Fiend (aka Chrissie Wade - synths/programação), acompanhados de Chiquita, uma banana inflável, decidiram moldar suas maluquices em forma de música . No inicio tudo era uma grande mistureba de horror B, punk, psychobilly e uma parafernalha de beats sintéticos. Experimentações que conquistaram logo de cara milhares de fãs pelo mundo, inclusive David Bowie que acabou declarando em uma entrevista ter "agitado" ao som da banda.
Já em suas primeiras gravações era possível ouvir e ter sensações estranhas vindas de arrotos, grunhidos, ecstasy, monstros, absurdos caóticos, morbidez, doses etílicas e alucinógenas. Bem, tudo isto também foi possível graças ao apoio de dois caras que vieram pra completar a banda; Yaxi High-Rizer (aka David James, guitarra - que era vizinho do casal Fiend) e Johnnie Ha-Ha (aka John Freshwater - bateria).
A estréia ao vivo foi no palco do Batcave (no dia 1º de dezembro de 1982). Na realidade nada foi tão por acaso. Interessado na postura humorada, estética teatral (inspiradíssima em Alice Cooper, homenageado na cover de "School Out") e na sonoridade do Alien, Ollie Wisdom os chamou para ser uma espécie de banda residente da casa ao lado do Specimen. Além desta responsabilidade, a sua primeira demo (editada mais tarde na integra em lp e cd em “The Legendary Batcave Tapes”) acabou virando trilha para alguns filmes apresentados por lá.
Esta ênfase ao terror, propositalmente estereotipada e exagerada, fez com que o grupo se firmasse como um dos ícones da cena "gótica", levada a sério pela maioria da macacada mundial. Um contrato com a Anagram Records e em 1983 veio o single "Ignore The Machine" seguido pelo álbum “Who's Bean Sleeping In My Brain”; item obrigatório, esporro (no sentido sexual da palavra) inicial de uma carreira de 22 anos de pura independência.
O álbum seguinte, “Acid Bath”, foi lançado no Brasil em 1986. Ainda é possível achar algumas destas cópias em vinil na Galeria do Rock (obviamente isto depende muito de sorte e de sua paciência para garimpar as prateleiras de diversas lojas e sebos).
Outra característica marcante do ASF, é que Nik Fiend faz questão de mostrar seus dotes de pintor colorindo suas viagens a cada capa de disco e cartazes dos shows. Estas obras rendem também diversas exposições. Sem contar o seu “Fiendzine” , um informativo editado periodicamente, contendo as news deste mundo grotesco.
O ponto alto desta fidelidade ao modo desprendido de desenvolver seus trabalhos, foi quando a banda, no seu 13º aniversário, fundou o próprio selo - a 13th Moon Records pelo qual vem lançando seus discos que, desde o ambicioso "Inferno" (1994 - com temas para jogos de computador), seguem uma linha mais eletrônica. Mas é bom avisar aos velhos fãs, que seu décimo sétimo álbum, “Information Overload” (2003) apresenta em alguns momentos de peso e sujeira que lembram os tempos áureos da fase antiga.
As ultimas noticias que temos da Nasa é que a nave dos demônios do sexo alienígena continua na Terra. Tudo indica que eles não querem nos abandonar tão cedo e ainda estão dispostos a abduzir nossos ouvidos com bons sons.
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