A saudade inflama em meu peito
Como um raio que atravessa o chão
Como o luar que deita sobre as nuvens
E incendeia toda sua ilusão
O silêncio atravessa o horizonte
A aurora de toda devastação
A vertigem de toda lembrança
Anda tão sozinha, em contramão
E essa infinita contramão
É o prelúdio do pôr do Sol
Depois dos dias em que chuva secou
E decidiu não voltar nunca mais
Ah, e agora quem vai florescer
Este deserto que restou?
Quem vai completar este vazio
E o perfume da eterna flor?