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Rock sessentista? Ou rock setentista? Oitentista com elementos noventistas? Seria jazz? Mantras? Parece Mutantes? A melhor banda nova do Brasil? Mero sadismo? Apenas uma certeza: só o Abimonismo salva! E mais nada.
A banda: Bruno Torturra Nogueira (vocal), Ângelo Kanaãn (bateria), Felipe Nelson Crocco (guitarra e contrabaixo), Guilherme Garbato (teclados e saxofone) e Luiz Miranda (guitarra e baixo).
O nome Abimonismo surgiu sem qualquer significado especial das mentes doentias de Bruno e Guilherme em meados de 1998, quando começaram a formar a banda. Eles explicam que pensaram em uma série de nomes, a maioria sem sentido, como Luscofusco, até que Guilherme veio com essa: "um dia vão falar que isso era Abimonismo, a estética abimonista". "E nem tinha esse papo de Tribalismo na época", brinca Ângelo. "A gente acabou usando o nome, porque ele dava uma sensação de estranhamento e, de certa forma, era confortável, cômodo, porque a gente podia usar para definir qualquer coisa que a gente fizesse", completa Bruno.
Os cinco estudaram juntos e tiveram uma banda, nas épocas de colégio, Os Chupins, na qual tocavam rock antigo, tipo Chuck Berry, Rolling Stones e tinham umas poucas músicas próprias, cantadas em inglês. "A banda acabou por uma série de divergências entre a gente. Aí, cada um foi para um lado, começou a fazer coisas diferentes, faculdade. Eu comecei a escrever umas letras. Conversei o Guilherme, que estava fazendo uns quadros e uns arranjos. Depois, o Felipe estava com umas músicas legais também. Achamos que estávamos fazendo coisas que tinham a ver umas com as outras e montamos a banda", lembra o vocalista. De início, a formação ainda não incluía Luiz, que entrou dois anos mais tarde, e Ângelo, que veio quando a banda já estava para gravar o disco, no começo de 2001.
A família é tema de algumas canções. Mas, obviamente, não retratam a família feliz das propagandas de margarina. "Furo Na Testa" narra a história de um homem que se cansa de sua vidinha e um dia resolve que não vai trabalhar nem voltar para a casa da mulher; "Varas e Cruzes" fala de um garoto que foi levado pelos pais para o colégio interno onde foi abusado pelas freiras; "Jonas" é sobre um rapaz que foi abandonado pelo pai e passou a viver numa caverna. O sarcasmo não pára por aí. "A gente faz letras pesadas, falando de tabus, de famílias disfuncionais, perversões, pedofilia, prostituição, conformismo. Por exemplo, uma letra que fala de uma criança que sofreu abuso. Não tem nenhuma piada, mas as pessoas acham graça. É meio natural pra mim escrever sobre coisas pesadas, mas eu não consigo fazer isso de maneira séria", comenta Bruno.
"Eu não vou fazer uma música falando 'eu te amo', ou de sol, praia. A gente até tem canções românticas. A história que a gente conta em 'Mil Razões Que Explicam Um Pouco Por Que Eu Te Amo Tanto' de fato existe. Foi tirada de uma carta de amor que o chefe de um amigo nosso mandou pra noiva. É uma música de amor sincera, mas parece que está tirando um sarro. O próximo disco [que começa a ser gravado no começo de 2004] vai ser mais leve. Mas a gente quer sempre evitar esse lado piegas da músicas de amor," conclui o vocalista.
[Biografia resumida a partir da entrevista feita por Katia Abreu para o site B*Scene. Veja o conteúdo na íntegra em: http://www.gardenal.org/bscene/musica/abimonistas.htm]
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