(afro-x)
Hoje sou o perigo que a sociedade criou
O veneno que o sistema me contaminou
Tô invandindo a sua goma acesso à internet
E-mail afro-x via satélite
Click click bang laboratório
Wwww.armas,drogas e ódio,
Vivemos de migalhas ao deus dará
Sem escola, sem emprego e não aprendemos a votar
O rico mais rico, o pobre mais pobre
Um come caviar e o otro só se fode
Pa melhora, é a esperança na favela
O passado se repete a mesma novela
É quente é quente vale a pena ver de novo
Um expert na caneta opa meu povo
A imunidade é um trunfo desses larápios
Maluf, acm, jader barbário
Etcetera, etcetera, etcetera e tal
Todo mundo que mamar nessa teta, né lalau
Esses dia na tv vi um bico esbravejar
"aqui quem rouba não tem jeito tem a índole má..."
Disse mais, que pobreza não é motivo pra roba
Cada qual tem a sua cruz pra carrega,
Vai de embalo nas campanhas anti-violência,
Usa a faixa branca mais é só aparência,
Menospreza minha raça só sabe criticar
Depois não peça a paz quando o bicho pegar
(dexter)
(+- assim)eu tinha uns 9, 10 talvz 11 anos
Desde pivete ja bolava meus planos
Sonhava em ter uma mina gostosa pra namorar
Um tear niquilado e um qualquer pra gastar
Mostra esbanja, sei lá, pra firma
E como todo preto de estilo impressionar
Já faz má cara, nem me vejo mais assim
A responsa chegou cedo demais pra mim
Aos 15 anos ja vivia preocupado
Pensando no futuro, no presente, no passado
Quem falho, pago, viro finado
Quantos e quantos eu vi ser enterrado
Desde criança vejo isso funciona
A indústria do crime criando pra matar
As-sassina, sequestra, trafica,
Atira, atira até descarrega
O sistema age assim, são os modo operandis
Transforma os filhos da pobreza em assaltantes
O plano é eficaz cada vez mais e mais
Você vivo ou não tanto faz
Se orienta irmão prove o contrário,
Não seja mais um número no sistema carcerário
Estude, trabalhe, em você tenha fé
Ser mais um zé ninguem, embaçado né
Desde criança vejo isso funcionar
A indústria do crime criando pra matar