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Formados para explorar os ensinamentos e cantos litúrgicos da The Process Church Of The Final Judgement (um movimento religioso que emergiu no final da década de 60 como um lado negro e apocalíptico dos movimentos new-age e flower power), fizeram-no de modo muito satisfatório no disco de estreia «Restored To One» e voltam agora à carga com esta segunda proposta. Em «Ye Are Gods» o papel de “pregador principal” é entregue a Jamie Myers (ex-Hammers Of Misfortune, vocalista de sessão dos Wolves In The Throne Room), que, com a ajuda da “sacerdotisa” Genesis P-Orridge, vai cantando, recitando e narrando os princípios da seita religiosa, segundo os quais Jeová, Lúcifer, Satanás e Cristo são todos dignos de igual respeito e devoção, através do amor universal. A abordagem é puramente litúrgica, essencialmente acústica, tanto nas guitarras como na percussão, com as principais despesas de harmonias e melodias a serem entregues aos vocalistas. A coisa ganha mesmo contornos de celebração ritualista, mas de amor e luz – ao invés das trevas e ódio que são pregadas pelos grupos de rock ocultista contemporâneos – e por aí os Sabbath Assembly voltam a apresentar, em «Ye Are Gods», uma proposta original e válida. No entanto, as barreiras para a verdadeira música litúrgica cristã – ou de outra religião qualquer – estão tão esbatidas (tirando nas poucas vezes em que o colectivo carrega no pedal da distorção e do doom, como em «Bless Our Lord and Master»), que facilmente «Ye Are Gods» se torna um exercício insonso e sem grandes pontos de verdadeiro interesse.
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