Se você ainda não sabe, esta é sua oportunidade. Há três acordes naturais, D, A e E, que são simplesmente essenciais para quem toca violão. principalmente para principiantes. Veja as fotos abaixo.

E porque estes acordes são essenciais? Deixe-me contar uma história.
Sabe aquelas reuniões de família, churrascos, festas de aniversário? Então. Não tem sempre aquele que chama a atenção? É o contador de histórias, piadas e… o cara do violão. Se você procurar bem, pode reparar: parece que toda família tem um.
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Na minha não era diferente. Um tio meu, a cada festa, lá vinha ele com seu violão. O homem tem uma voz invejável. Bonita e potente.
No começo, eu nem ligava. Era aquele velho chato com suas músicas chatas.
Mas à medida que fui me interessando pelo instrumento, minha atitude mudou. Eu ficava pensando: pô, esse velho não me parece um grande violonista. E não era mesmo.
Como é que ele tocava um montão de músicas? Aí é que entra o motivo deste artigo.
É muito simples. O esperto velhote tocava todas as músicas com apenas duas sequencias básicas de acordes. Uma delas é esta que lhes apresento agora: A, D e E (assista a um vídeo sobre estes três acordes de violão)
Se você está começando, pode até duvidar. É estranho mesmo. A gente vê aqueles caras na TV, no Youtube, tocando trocentos acordes de violão em cada música! Parecem até saber todos os acordes de violão…
Mas é verdade. Com esta sequencia, você pode tocar centenas, milhares de músicas!
Experimente você mesmo estes três acordes
Não acredita? Experimente. Pegue qualquer música conhecida e aplique esta sequencia. Bem, não vamos exagerar… deixe a MPB fora disso, que eles fazem umas músicas com milhares de acordes e um mais complicado que o outro.
Mas pense numa música simples, sertaneja, pop, romântica, e mande um A (lá maior), como tonalidade. comece a cantar a música e você vai perceber que: ou você deve ir para D (ré maior), ou para E (mi maior).
O que acontece, é que em músicas mais simples, quase sempre é utilizada uma sequencia básica (como esta). Os demais acordes, ou são variações dos acordes da sequencia, ou são relativos, na maioria dos casos.
Isto se chama – em termos populares – de “simplificar” a música.
Eu mesmo, quando começava a aprender, fazia isto direto. Conhecia já os acordes básicos, então quando aparecia na música um acorde para mim desconhecido, simplesmente pulava-o, partindo par ao próximo da sequencia básica.
No âmbito profissional esta prática – é claro – não é utilizada. Mas muitas e muitas músicas que você ouve no rádio todos os dias, só têm mesmo as sequencias básicas! “Aprender” a tocá-las chega a ser piada.
Se você é fã de sertanejo, isto é o que você precisa. É quase impossível encontrar uma música sertaneja com acordes complicados. É um, dois e três!
Na verdade, há músicos práticos que chamam estas sequencias de “primeira, segunda e terceira”. A primeira, no caso do nosso exemplo, é o A. a segunda, a preparação para o A, que é o E. A terceira é o D.
Eu prefiro associar os acordes com a escala musical. Ficando esta sequencia então como: “primeira, quarta e quinta”, pois na escala de A, a primeira nota é A, a quarta D, sendo a quinta E.
A sequencia é apresentada nesta ordem (1, 4 e 5), porque é a melhor resolução possível, devido ao fato de a quinta posição (E) “chamar” a primeira.
Em artigo futuro, abordaremos as demais sequencias básicas. Mas acredite: só com esta aí, você é capaz de tocar muitas e muitas músicas!