Quem tem boca pra falar de você
Será que tem espelho pra se enxergar?
E quem nem se importa de pelas suas costas falar
Será que tem coragem pra olhar nos teus olhos?
Quem tem dor de cotovelo
Será que quando a orelha esquenta não se sente mal?
E quem diz que sempre acreditou em você
Será que hidrata bem com óleo aquela cara de pau?Eles que falam, falam, falam
Mas não dizem nada
Eles não entendem e se prendem
Na língua afiadaEles que falam, falam, falam
Mas não dizem nada
Eles não entendem e se prendem
Na língua afiadaQuem bota o dedo na garganta
E vomita um monte de opiniões sobre a sua vida
Será que lembra que tem machucados
E coloca o dedo na própria ferida?Falando em dedo, mamãe me dizia
Toma cuidado com essa tua revolta!
Quem tá sempre apontando um dedo
Tem sempre três apontando de volta
É muita gente usando dedo, garganta, boca
E na falsidade, só foca na aparência
Se comunica com violência
Sem empatia, perderam a essência
Eu vejo que o que falta pra essa galera
É botar uma mão na consciênciaEu tô ligado, vacinado
Não quero nem saber
Eu tô seguindo o meu caminho
Sem tempo pra perderEu tô ligado, vacinado
Não quero nem saber
Eu tô seguindo o meu caminho
Sem tempo pra perderPra essa turma uma aula de anatomia
Talvez cairia bem
Quem conhece o próprio corpo
Sabe onde dói o do outro também
Eu sou apenas um simples poeta
Não sou menos nem mais que ninguém
Mas uma coisa eu posso dizer
Do veneno da falsidade
Eu não sou refémEu tô ligado, vacinado
Não quero nem saber
Eu tô seguindo o meu caminho
Sem tempo pra perder
Eles que falam, falam, falam
Mas não dizem nada
Eles não entendem e se prendem
Na língua afiada
Compositor(es): Matheus Wasem Paulinho Rahs.
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