Vamos chamar o vento
Vamos chamar o vento
Eu rogo a vós por nós minha Santa Bárbara
Varrei as trevas, clareia nossa diáspora
A consciência é negra, a cara é pálida
Eparrei Iansã, cuidai da África
Raps de África, mamãe é pátria
Lembranças clássicas
Infâncias trágicas
Berço do mundo e tudo
Ela é nostálgica
Ela me lembra as lendas me lembra as dádivas
Dos Orixás, do rastafari
A casa é o cálice
Da caça é o ápice
Onde nasce os mártires
Simbólica, é pré histórica
Terra à mercê dessa guerra tecnológica
Ainda é romântico
Os cânticos trazem lágrimas
Grandes pirâmides, mágica, enigmática
Já teve príncipe súditos, tudo próspero
Mas teve escravos e o tráfico foi caótico
Ela foi vítima nítida de tiranos promíscuos
Que venderam os próprios filhos
E profanaram os versículos
Se esqueceram do próximo
Desprezaram os discípulos
Maltrataram os profetas
Ficaram cegos de espírito
Santa Bárbara, com seus relâmpagos
Iluminai essas almas desses escândalos
Porque a justiça é justa e é pacífica
O fogo é quem purifica, limpeza é mística
O vento venta, num estado crítico
Vai lá no fundo, e resgata os amigos íntimos
Sei que a senhora do céu escuta essa música
O nosso rap é nossa súplica
Eu rogo a vós por nós minha Santa Bárbara
Varrei as trevas, clareia nossa diáspora
A consciência é negra, a cara é pálida
Eparrei Iansã, cuidai da África
Eu rogo a vós por nós minha Santa Bárbara
Varrei as trevas, clareia nossa diáspora
A consciência é negra, a cara é pálida
Eparrei Iansã, cuidai da África
Eparrei, cuidai da África, minha Santa Bárbara
Enxugai todas as lágrimas