Transboard

Hardcore

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foto de Transboard
Em se tratando de rock n’ roll, é inegável a quantidade de propostas musicais diferentes e conceitos tão ímpares. De Itapeva (SP), surgiu em 2005 a banda TRANSBOARD. Diferente de tudo o que existe no mercado atualmente, o grupo investe em um hardcore sem abrir mão de composições com temática cristã. O primeiro registro dos paulistas chega ao público via Oxigênio Records. Com influências que intercalam RAIMUNDOS e RAMONES, o grupo formado por Caio (vocal), Leandro (guitarra), Lango (baixo) e Tam (bateria) compeliu em seu primeiro álbum quatorze músicas curtas, aceleradas e diretas. Em pouco mais de quarenta minutos, a TRANSBOARD passa adiante a sua mensagem com letras em português – com direito a apenas uma composição em inglês. De qualquer forma, a sonoridade dos paulistas mistura conceitualmente o trabalho de R.O.D.O.X. (a banda cristã solo de Rodolfo Abrantes, ex-RAIMUNDOS) com o pioneiro THE FLANDERS, a primeira banda brasileira a misturar a temática gospel com a música punk/hardcore. Em meio ao disco, uma certeza: o trabalho da TRANSBOARD carece de uma identidade própria e marcante. “Bota Fé”, composição que abre o álbum, possui uma áurea hardcore com melodias puxadas para o rap/hip hop – de certa forma, uma faixa que merece destaque. No entanto, a fórmula não se repete em nenhuma outra composição do CD. A faixa seguinte, “Um Dia Desses...”, é, evidentemente, uma mistura entre RAMONES e RAIMUNDOS. Com tantas cópias, falta uniformidade à sonoridade do grupo. Além disso, a gravação do debut da TRANSBOARD não é das melhores. É verdade que o som não é abafado ou mal mixado. Ótimo. Em compensação, faltou um maior cuidado na escolha dos timbres, sobretudo das guitarras. De qualquer forma, o trabalho da banda possui pontos realmente destacáveis, especialmente em composições que não se assemelham majoritariamente aos dois nomes citados no início da matéria: RAMONES e RAIMUNDOS. “Labareda”, com menos de dois minutos, é um exemplo que comprova a teoria. No entanto, ainda saliento “Igrejinha do Nordeste” e “O Tal de Bailão”, que relembram a sonoridade do início da carreira do RAIMUNDOS, enquanto a banda ainda utilizava recursos da música nordestina. Embora a TRANSBOARD não seja o primeiro nome a seguir essa temática, o trabalho nesse ponto atinge um nível realmente satisfatório, ainda mais por encaixar direitinho o peso com o timbre um pouco “diferente” das guitarras. “Unha do Capeta”, outra composição que mistura todas essas referências, é igualmente outro ponto alto do disco. Da mesma forma que abriu o disco, o álbum fecha com composições essencialmente hardcore: “Pedro, Tiago e João” (com um refrão bem bailão nordestino de outras faixas) e a acelerada “É ou Não É”. Aliás, a sonoridade que privilegia o instrumental mais raivoso é outro caminho que a música da TRANSBOARD funciona satisfatoriamente bem. Entretanto, um álbum com composições tão diferentes entre si acaba caracterizado pela sua difícil assimilação, mesmo que não seja pobre de boas intenções. De qualquer modo, o trabalho da TRANSBOARD não está perdido. Com certeza, o quarteto paulista ainda precisa construir a sua própria identidade, além de delimitar melhor as características da sua música. Em compensação, o grupo esbanja vontade, qualidade evidente no primeiro álbum dos caras. Em tempo: outro cuidado que a banda precisa ter é com a arte gráfica. É praticamente impossível acompanhar as letras no encarte e identificar o nome de algumas músicas no verso do CD. Site: http://www.myspace.com/transboard

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