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Tatiana Santos Lourenço, a Tati Quebra-Barraco, é a mulher do século XXI. Ousadia, determinação e estilo irreverente são as marcas registradas dessa funkeira que tem colocado muitos moderninhos pra sacudir os quadris ao som de suas músicas com refrões pra lá de picantes. Ela não mede suas palavras e tem um gênio que amedronta qualquer marmanjo, mas seu sorriso é tão forte que é capaz de conquistar qualquer um.
Tati, entrou pro mundo funk há sete anos e já está indo pro segundo CD, Boladona, com 17 faixas. Nesse album não poderia ser diferente, e a MC mantêm as letras divertidas e debochadas.
A vida artística aconteceu por acaso para a mãe de Milla Cristina (também chamada carinhosamente de Mila Quebra-Berçário), Ana Carolina e Yuri. “Nunca pensei em ser MC, mas fiquei três meses sem dar uma quebrada e o único meio de chamar atenção foi soltar a voz. Aí cantei uma musiquinha, todo mundo gostou e estou aí até hoje”, explica.
Defensora ferrenha do lugar onde nasceu e foi criada, a comunidade Cidade de Deus, Tati diz que um dos segredos do seu sucesso é manter sempre a humildade e suas raízes. Um discurso que pode ser comprovado, devido a sua intimidade com os vizinhos em todas ruelas e becos por onde passa. A paixão pelo local é tanta que, recentemente, foi anfitriã da cantora de hip hop americana Khia na CDD e o resultado não poderia ser outro: as duas terminaram no baile funk da comunidade. A gringa caiu no batidão, dançou no trenzinho e tomou muita caipirinha. Tudo igual a sua “versão nacional”, a Tati.
Atualmente Tati virou assunto nas rodinhas de bate-papo de descolados e se transformou em musa inspiradora de muitas mulheres. Afinal, só ela mesmo para dizer em alto e bom tom (como no último Tim Festival): “Não tenho cabelo liso, não sou gostosa. Mas eu comi o seu marido, Jesus!”. A platéia delirou.
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