Sétima Legião

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foto de Sétima Legião
Sétima Legião foi uma banda portuguesa formada em 1982 por Rodrigo Leão (baixo), Nuno Cruz (bateria) e Pedro Oliveira (voz e guitarra). Os Sétima Legião contribuiram para as seguintes colectâneas com as músicas: 1994 - Filhos da Madrugada :: Cantigas do Maio 1999 - XX Anos XX Bandas :: Longa Se Torna a Espera 2003 - Frágil 21 :: O Último Deserto A história da Sétima Legião começou há cerca de 18 anos, quando alguns amigos se juntaram para criar uma banda que conquistou um segundo lugar num "anónimo concurso de música moderna". Posteriormente seguiu-se a edição do disco "A um Deus Desconhecido", em 1984, mas foi em 1987, com a edição de "Mar de Outubro", que ficou definitivamente lançada a carreira de um dos grupos mais emblemáticos da música portuguesa deste final de século. Constituída por oito elementos (Rodrigo Leão, Pedro Oliveira, Nuno Cruz, Gabriel Gomes, Paulo Marinho, Ricardo Camacho, Paulo Abelho e Francisco Menezes), a Sétima Legião foi, a par de outros grupos como os Trovante, uma verdadeira incubadora de talento durante os anos 80. Não admira por isso que alguns dos seus músicos tivessem depois participado em projectos musicais de sucesso como os Madredeus (Rodrigo Leão e Gabriel Gomes), Danças Ocultas (Gabriel Gomes, como produtor), Gaiteiros de Lisboa (Paulo Marinho) e o próprio projecto a solo de Rodrigo Leão que por vezes conta também com a participação de Pedro Oliveira. A música da Sétima Legião sempre foi difícil de definir. Pop? Popular? Tradicional? Talvez um pouco das três. Ao mesmo tempo que encontramos canções marcadamente pop, conseguimos também achar temas instrumentais que têm mais de tradicional, ou mesmo outros temas que misturam na perfeição estas componentes. A esta mistura de estilos não será indiferente o amor que alguns elementos da banda têm por instrumentos mais tradicionais como a gaita de foles (Paulo Marinho) ou o acordeão (Gabriel Gomes). E quão difícil deve ter sido seleccionar os 17 temas do disco. Claro que hinos como "Sete Mares" ou "Por Quem não Esqueci" tinham à partida lugar garantido, pela popularidade que tiveram quando foram editados. Mas no que respeita aos restantes temas, e dada a qualidade que a Sétima Legião sempre colocou no seu trabalho, a escolha era realmente complicada. Foram deixados de fora temas como "Senhora das Rosas" (uma colaboração com Luis Represas), "Sem ter quem Amar", "O Regresso", "Tão Só" ou "Sem Perdão" mas qualquer das canções com que a Sétima Legião nos brindou neste disco têm tanta qualidade como estas. Saliente-se, em particular, a excelente ideia de incluir neste disco temas compostos propositadamente para homenagens, tais como "Longa se torna a espera" (homenagem aos Xutos e Pontapés) e aquele que será talvez um dos mais belos temas de sempre da Sétima Legião: uma versão de "Cantigas do Maio" composta para o álbum "Filhos da Madrugada", de homenagem a José Afonso. Uma colectânea surge, normalmente, ou em pontos de viragem na vida de um grupo, ou no fim dessa mesma vida. No caso da Sétima Legião, e para bem da música portuguesa em português, esperemos que se trate da primeira alternativa e que este grupo nos continue a brindar com o seu talento durante muitos e bons anos. Porque apesar do que os mais cépticos possam pensar, o talento ainda lá está, como o comprovam as canções "A Luz" e "A Promessa" escritas propositadamente para esta colectânea. E, se olharmos atentamente para o título do álbum, facilmente percebemos que ainda falta qualquer coisa nesta história, nomeadamente no que respeita aos temas intrumentais que nunca poderão ser considerados como "menores". Será que a história da Sétima Legião terá mais capítulos? Só o futuro o dirá.

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